segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Plin Plin

Acordo, ligo a tevê e a Sandra Annenberg me avisa, entre uma careta e outra, que já é 2008 na Nova Zelândia.
Ana Maria Braga, histérica e meio desorientada em seu especial de Ano Novo com platéia, entrega um tal de troféu "Acorda Menina" para célebres anônimos e encerra suas atividades profissionais no ano mostrando o "tanquinho" de Zezé Di Camargo.

Em seguida, começa o programa da Xuxa. Aquele mesmo, o que vai acabar.

Que 2008 seja melhor para as manhãs da Globo.

Bom dia!

Vida real


É bem provável que você jamais me encontre na seção de ficção científica da locadora. Também não aceitaria se me convidasse pra ir ao cinema ver uma fita de elfos, magos, monstros ou qualquer coisa que mais me faça rir do que filosofar ou ter medo. Adoro filmes sobre a vida real, pessoas comuns, histórias que poderiam acontecer com qualquer um de nós, enfim. Por isso, há tempos vi na TV o making off do filme Bobby, dirigido e escrito por Emilio Estevez (surpresa!) e fiquei com muita vontade de ver o filme. Ontem assisti e confesso que adorei. Pela constelação que é o elenco, pelo roteiro bem amarrado, pelas tramas humanas (fictícias e reais) que se cruzaram no Ambassador Hotel no dia do assassinato de Bobby Kennedy. Direção impecável, figurinos perfeitos, música-tema interpretada por Aretha Franklin, enfim... De quebra uma reflexão sobre a violência enraizada na sociedade americana e o que podemos fazer da vida através de nossas escolhas. Um filme delicado, cheio de sutilezas, muito bem feito. Vale também ver os extras, onde o surpreendente Emilio conta a interessante história do processo de criar o filme. Assista!

Em tempo: Escrevendo esse post me dei conta que prefiro a realidade não só no cinema. Pra ler, acabo sempre escolhendo biografias. Estou com 3 delas em andamento: Maysa, Tim Maia: vale tudo e Furacão Elis (todos deliciosos presentes de Natal). Estou amando os três, embora eu ache que deva ler um de cada vez pra não misturar demais as histórias. Tão parecidas essas vidas de talentos monstruosos, de excessos em todos os sentidos. Tão desafiadoras essas três pessoas que estão passando férias comigo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Registro de férias


Porque estou certa de que não há nada melhor nessa vida do que encontrar momentos de harmonia com essas criaturas puras, inquietas e singularmente felizes.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O FIM DO ASSALTO LEGALIZADO?


Recebi esse texto através de um e-mail da querida Mirela e divulgo via blog.
Advogados de plantão, a ação dessa moça genial se fundamenta na lei?
Seria um sonho acabar com os assaltos a que somos submetidos ao pegar estrada.

O DIREITO DE IR E VIR BARRADO PELOS PEDÁGIOS
Entre os diversos trabalhos apresentados, um deles causou polêmica entre os participantes. "A Inconstitucionalidade dos Pedágios", desenvolvido pela aluna do 9º semestre de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Márcia dos Santos Silva chocou, impressionou e orientou os presentes. A jovem de 22 anos apresentou o "Direito fundamental de ir e vir" nas estradas do Brasil. Ela, que mora em Pelotas, conta que, para vir a Rio Grande apresentar seu trabalho no congresso, não pagou pedágio e, na volta, faria o mesmo. Causando surpresa nos participantes, ela fundamentou seus atos durante a apresentação. Márcia explica que na Constituição Federal de 1988, Título II, dos "Direitos e Garantias Fundamentais", o artigo 5 diz o seguinte: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade" E no inciso XV do artigo: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens". A jovem acrescenta que "o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional. O que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição". Segundo Márcia, as estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realiza contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas. "No momento que abasteço meu carro, estou pagando o pedágio. Não é necessário eu pagar novamente. Só quero exercer meu direito, a estrada é um bem público e não é justo eu pagar por um bem que já é meu também", enfatiza. A estudante explicou maneiras e mostrou um vídeo que ensinava a passar nos pedágio sem precisar pagar. "Ou você pode passar atrás de algum carro que tenha parado. Ou ainda passa direto. A cancela, que barra os carros é de plástico, não quebra, e quando o carro passa por ali ela abre. Não tem perigo algum e não arranha o carro", conta ela, que diz fazer isso sempre que viaja. Após a apresentação, questionamentos não faltaram. Quem assistia ficava curioso em saber se o ato não estaria infringindo alguma lei, se poderia gerar multa, ou ainda se quem fizesse isso não estaria destruindo o patrimônio alheio. As respostas foram claras. Segundo Márcia, juridicamente não há lei que permita a utilização de pedágios em estradas brasileiras. Quanto a ser um patrimônio alheio, o fato, explica ela, é que o pedágio e a cancela estão no meio do caminho onde os carros precisam passar e, até então, ela nunca viu cancelas ou pedágios ficarem danificados. Márcia também conta que uma vez foi parada pela Polícia Rodoviária, e um guarda disse que iria acompanhá-la para pagar o pedágio. "Eu perguntei ao policial se ele prestava algum serviço para a concessionária ou ao Estado. Afinal, um policial rodoviário trabalha para o Estado ou para o governo Federal e deve cuidar da segurança nas estradas. Já a empresa de pedágios, é privada, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra", Acrescenta. Ela defende ainda que os preços são iguais para pessoas de baixa renda, que possuem carros menores, e para quem tem um poder aquisitivo maior e automóveis melhores, alegando que muita gente não possui condiçõespara gastar tanto com pedágios. Ela garante também que o Estado está negando um direito da sociedade. "Não há o que defender ou explicar. A constituição é clara quando diz que todos nós temos o direito de ir e vir em todas as estradas do território nacional", conclui.A estudante apresenta o trabalho de conclusão de curso em novembro de 2007 e forma-se em agosto de 2008. Ela não sabe ainda que área do Direito pretende seguir, mas garante que vai continuar trabalhando e defendendo a causa dos pedágios.
FONTE: JORNAL AGORA

P.S. Por quase 2 anos, paguei pedágio diariamente para atravessar a cidade de Nova Odessa (!), naquela que talvez seja uma das piores e menores estradinhas nas quais já dirigi na vida.
Este pedágio está desativado há um bom tempo, mas até hoje, quando olho aquelas cancelas inúteis e as guaritas vazias, me sinto ultrajada.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A equilibrista


Cedo pra fazer um balanço-clichê de reveillon? Talvez... Mas preciso dizer que nunca um ano foi tão desafiador quanto 2007. E olha que já vivi períodos de grandes batalhas! Todas elas comigo mesma, pois os caminhos árduos, os atalhos e as armas para chegar a qualquer lugar estão sempre dentro da gente.

Nestes quase 365 dias intensamente vividos, não foram poucos os momentos "Cirque Du Soleil" que vivi. Uma verdadeira equilibrista de pratos, tentei (e nem sempre consegui, como humana que sou) agradar a gregos e troianos, atender a todas as expectativas (inclusive as minhas próprias, sempre tão aparentemente inatingíveis) e tirar um resultado positivo do esforço diário e muitas vezes sobre-humano (meu e de todos, que faço questão de reconhecer e agradecer).

Nunca em minha vida as adversidades foram tão potencialmente transformadas em combustível para fazer o velho motor 75 rodar em velocidade máxima.

Nunca foi tão recompensador tentar agregar tudo e todos pelo bem comum. Nunca foi tão forte o desejo de ver a vida dar certo, aceitando o que era impossível mudar e batalhando pela adaptação ao novo.

Quero somente agradecer pela vida, pelas pessoas maravilhosas com as quais convivo, por aquelas que nem sempre bem intencionadas aparecem para que a gente duvide de tudo, o que é importante, porque 2007 foi um ano feito de desafios, de gente, da humanidade e seus limites.

Espero que todos os que me vêem à memória neste momento, sintam-se também vitoriosos e com a sensação do dever cumprido. Porque apesar de um prato ou outro lascado, enxergamos um 2008 de horizonte largo e... novamente, desafiador.

Bom ano novo. Como diria Drummond... aquele que mora dentro de você.


P.S. Lispector, a "clarice" de minhas idéias dizia: "A salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena."

domingo, 4 de novembro de 2007

FREE SOUZA


Deixem o Souza comemorar seus gols em paz.

Tá faltando manchete ou é inveja dos editores, repórteres, pauteiros e seja-lá-o-quê corintianos?

Me desculpem os sociólogos, mas acho que isso é uma falta de assunto sem tamanho.

p.s. CONTINUO CORINTIANA!

Nove anos

Li no Querido Leitor e repasso, como forma de demonstrar minha indignação.

http://flaviavivendoemcoma.blogspot.com/

Pense no que fez e viveu nos últimos 9 anos de sua vida. E tente imaginar como teria sido passar esse tempo convivendo com a dor e brigando por justiça.

Lentidão e impunidade. A nossa justiça vai ser assim pra sempre?

O silêncio dos inocentes

Alguém aí já viu a propaganda da Justiça Eleitoral incentivando os jovens de 16 e 17 anos a tirarem título de eleitor? As imagens são de um protesto estudantil, como os da época da repressão ou dos cara-pintadas. E os jovens aparecem bradando, gritando e reivindicando algo em uma passeata. Só que sem áudio. O argumento da campanha é de que só o título de eleitor pode dar voz à juventude , vejam vocês. Até aí, apesar do cinismo, tudo em ordem. O problema é que depois que o locutor diz que só através do voto os jovens podem dar voz a seus anseios, a passeata teen continua mudinha da silva. Não faria muito mais sentido se depois de revelar o mote da campanha os jovens pudessem bradar em alto e bom som?

Das abaixo, uma:

1) Os jovens brasileiros não tem do que reclamar;
2) Os jovens brasileiros não gostam de reclamar, por isso, protestam em silêncio;
3) A passeata é uma iniciativa de jovens surdo-mudos, pela difusão da linguagem de libras;
4) As imagens, na verdade, são de um show do NXZero, por isso, o áudio não pôde ser utilizado;
5) Não ia pegar bem colocar os jovens gritando "Fora LULA!" em uma campanha de caráter institucional.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

NO CREO

Desumanidade não é arte.
Para tudo deve haver um limite.
Isso não é conscientizar.
E nem transgredir

http://minhanoticia.ig.com.br/materias/461501-462000/461759/461759_1.html

"Pra você não deixar de duvidar..."

É bom ter alguns sinais de que a maldade e a fraqueza existem.
A gente lembra de pedir proteção.
A gente pensa como é bom não sentir o ímpeto da maldade.
A gente reforça a escolha de ter o coração tranqüilo.
A gente aprende a discernir e decidir o que quer pra si e a respeitar o que é dos outros.
A gente se dá conta de que o mal pode ter a virtude de dar a medida exata do que não se precisa, do que não se aceita.
A gente quebra a corrente e impede o que é ruim de continuar caminhando...

Hoje me lembrei da canção "Amor pra recomecar", do Frejat.
E não me esquecerei de pedir: "Livrai-nos de todo o mal.
Até daquele que pode existir em nós. Amém."

Post-protesto-de-moça-prendada

Corinthians e Flamengo na TV, time da mamãe aqui conta time do maridão. Mas que preguiça de futebol, gente! Enquanto eu ainda tento me recuperar de um dia em que todos queriam falar da Copa no Brasil, todos queriam saber cadê-Pelé, porquê-Paulo-Coelho! Justo hoje! Tem assunto que cansa, sabe? Alguém, por favor, alguém me confirme se 2014 ainda vai demorar! Não vai?
Ontem fiz mão, pé, "muderrrnizei" o corte de cabelo e continuo firme na minha dieta D-Tox. Bom lembrar que a gente faz da carcaça cansada aquilo que quer. E que quando quer de verdade, a gente melhora muuuuuito a carcaça.

Depois de 11 horas de trabalho pesado e produtivo, cheguei em casa às nove da noite e ainda tive pique para fazer legumes com ervas finas e um estrogonofe es-pe-ta-cu-lar. Amo cozinhar mais do que comer, acreditem. Porque dietas podem ser um exercício de auto-conhecimento, ora!

Eu adoro ver The New Adventures of Old Christine. Mas parece que a série foi cancelada... Alguém aí sabe se cometeram esse crime de verdade?

Que foi? Me deixem ser Fla Fiel, mulherzinha, do lar e seriadinho-maníaca. Tudo ao mesmo tempo. Só por hoje.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Simple Life


Não, esse post não é sobre os últimos escândalos dos projetos-hard-de-madame Paris Hilton e Nicole Richie. O título é apenas uma brincadeira com o assunto do post, que trata da revista Vida Simples. Quando aquela capa clean me chamou pela primeira vez em uma banca dessas de supermercado, foi paixão à primeira vista para uma aficcionada por revistas desde a infância como eu.
Layout simples. Texto simples. Conteúdo essencial. Como que para nos lembrar que as coisas vida simples não necessariamente devam ser simplórias.
Uma matéria bacana da edição deste mês é a que trata do Dia Sem Compras, que acontece há 14 anos, todo dia 23 de Novembro, em vários lugares do mundo.
Como todos sabem, é mais ou menos nessa data em que a insanidade pelas compras de Natal começa a ganhar força total.

Link da Organização AdBusters, que organiza o dia de dizer não ao consumo: http://www.adbusters.org/metas/eco/bnd/

Bom malhar a cabeça e os olhos nesse "exercício do menos" que a revista propõe. E quem sabe, levar uma vida mais enxuta. Em todos os sentidos. Por que tudo o que a gente não quer é ser over. Tudo o que a gente não quer é ser Paris Hilton.

sábado, 27 de outubro de 2007

Para não esquecer

A memória de Nara Leão ganhou um especial na Globo ontem, o "Por toda a minha vida". Acho a iniciativa louvável por parte da emissora, já que biografias televisivas acabam sendo quase que uma exclusividade dos canais pagos.

Importante relembrar grandes nomes, dar voz a artistas importantes que a nova geração certamente desconhece, válido que se faça isso em um horário nobre como a sexta à noite, logo depois do Globo Repórter.
Uma única crítica? A mania global de fazer novelinha... A encenação da vida do artista fica tão fake! Especialmente quando uma mulher da profundidade de Nara Leão é interpretada por uma atriz como Pérola Faria, ainda inexperiente... (15 anos, talvez?!)
De qualquer forma, vale a iniciativa, um bom exercício para recuperar a memória do nosso povo, sempre tão fraca.


Em tempo: Recomendo a leitura de "Quase tudo", a "quase completa" biografia de Danusa Leão, irmã de Nara, grande cronista e dona de uma invejável lista de feitos mundo a fora. Uma vida vivida de verdade, com todas as suas surpresas e dores e alegrias.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Refletindo com o Bira

Confiram a reflexão do meu grande amigo Bira sobre tudo o que nos agride ou agrada quando andamos por São Paulo e temos a rara oportunidade de prestar atenção em algo fora do trânsito...

http://www.voxnews.com.br/dados_artigos.asp?CodArt=228

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Correndo com Tesouras

Uma infância infernal. Uma adolescência pior ainda. Espero que um dia Augusten envelheça o bastante para nos contar como esse emaranhado que foi a sua vida se desenrolou.

Primeiro leia o livro, que é forte. Algumas dezenas de tabus nos são trazidos pela literatura ácida, cinicamente bem-humorada e ricamente descritiva de Augusten Burroughs, o autor. O livro é autobiográfico. E a gente custa a acreditar nisso. Se você não se deixar levar por suas convenções pessoais, lerá de uma tacada só, certamente.

Depois, veja o filme. Normalmente detestamos quando vemos um livro genial adaptado para o cinema. Mas a sensação é a de "assistir" o livro. Literalmente. Interpretações fantásticas, em especial à da veterana Annette Bening e do irmão-Baldwin-que-deu-certo, Alec.

Vale MUITO a locação do filme e o preço do livro... afinal, a gente gasta com cada bobagem por aí...

Some days...

Eu gosto de dias cinzentos, com tempo indefinido. Dia de olhar a vida pela vidraça de casa, de ver o vento balançar o mundo lá fora, de ouvir um jazz bem baixinho. Dias perfeitos para um casaquinho, um capuccino, um e-mail carinhoso para alguém que a gente gosta. Dia de moletom velho, banho longo, leite com chocolate ou uma sopinha bem cheirosa e reconfortante. Dia de coisas morninhas, por assim dizer.
Como um abraço apertado e longo, desses que demoram a desatar. Nem que seja um abraço da gente pra gente mesmo. Dia de uma lagriminha que escapa e de um sorriso bom de lembrança passada. Dia de seriado bobo na tevê, de reler o livro favorito, de deixar o telefone tocar. Dia de ver fotos antigas, de questionar as inconseqüências da vida, de ser um pouco existencialista. Há dias perfeitos para ser um pouquinho triste. Mesmo sem ter razão. Um bom dia cinza pra você que me lê.

Viva os hiperativos!

Todos os bons livros deveriam fazer parte de uma rede de indicações. Eu, por exemplo, indico a vocês uma leitura recomendada pela amiga Ângela Storolli: FOMOS MAUS ALUNOS, de Gilberto Dimenstein e Rubem Alves.

O livro subverte o nosso conceito de educação. Nos faz rever a educação que tivemos, entender os nossos piores e mais traumatizantes momentos acadêmicos, compreender como continuar aprendendo e sobrevivendo à tecnologia da informação, à alucinante velocidade da comunicação hoje em dia.

Exorcize seus traumas escolares. E descubra que ainda dá tempo de ser um aluno nota 10 de você mesmo. Leia: Fomos maus alunos, de Gilberto Dimenstein e Rubem Alves.

Gente de mau agouro

Preciso de um vaso de comigo-ninguém-pode...


Falar mal dos outros é um vício.
Conheço alguém que tem compulsão por soltar aquele veneno que não mata, mas que aos poucos vai corroendo as relações, os ânimos, as boas sensações e os bons sentimentos.
O mais terrível é que, na maioria das vezes, esse maledicente cria um círculo de maldade: fala mal de alguém pros outros, fala mal dos outros pra alguém, critica um pelas costas do outro e, é claro, na ausência do maior interessado em seu quase nunca justo "comentário".
O que me espanta é essa cândida pessoa julgar-se imune ao próprio veneno. Não é contraditório que alguém tão desonesto tenha a ingenuidade de achar que ninguém percebe sua falha de caráter?
Sou a favor da honestidade, sempre e em qualquer circunstância. Se não gosta, converse. Se está incomodado, peça licença. Se discorda, argumente. A vida é tão simples. E se acha que alguém é mau ao ponto de "merecer" comentários sempre tão negativos, ao invés de dar-se a esse trabalho, afaste-se! Ninguém é obrigado a conviver com tantos supostos defeitos. Exceto você com os seus próprios, mas isso, meu amigo, não é problema de mais ninguém. Ao menos, não deveria...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Bem, amigos...


Jogo da Seleção no Maracanã e decisão da temporada 2007 da Fórmula 1 em Interlagos.
Tudo muito bom, tudo muito bem, muita emoção e torcida. O duro é agüentar Galvão Bueno em dose dupla.
Se Galvão é um castigo divino à eterna insatisfação dos torcedores brasileiros, não custa perguntar: "Deus, precisava pegar tão pesado?"
Essa não é só a minha opinião. É também, literalmente, a da torcida inteira do Maracanã:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/zapping/ult3954u337942.shtml

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Sim!

Imagens como esta me fazem acreditar que, SIM, a humanidade ainda tem jeito.


Sobrevivente cuida de sobreviventes. Ambos se reconhecem na pureza, em meio ao caos.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/10/18/ult1807u40948.jhtm

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Politicamente INCORRETA


5 coisas que eu tenho vontade de fazer... mas sei que não devo!

1) Entrar na Daslu com a santa (e nada glamourosa) roupa do dia-a-dia-velha-de-guerra pra ver como seria atendida pelas beldades e millionettes suuuuper paulistanas!
2) Agir rapidamente e sair cantarolando ao volante: "Atirei o pau no radar-dar-dar, que o radar-dar-dar me multou-tou-tou..."
3) Usar uma camiseta com os seguintes dizeres: "Tropa de Elite não é lá essas coisas" ou "Deixem Luciano Huck ser assaltado em paz"...
4) Bi... Bi... Biiii... Bi-Bi-Bi... Arrancar o retrovisor de um motoboy que passe buzinando e me xingando na Marginal.
5) Dizer para algumas pessoas que o mundo não gira em torno delas, ora, que isso é uma grandessíssima deselegância.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Já foi tarde!

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2007/10/11/ult23u641.jhtm

Deve ter sido o alto poder persuasivo e ameaçador do abaixo-assinado dos deputados federais, que mais parecia aquelas cartas que os fãs adolescentes e histéricos entregam a sertanejos e pagodeiros em geral.

Não sei o que é mais feio: Renan ter sido acusado de tudo o que foi ou ter insistido tanto em não largar o osso.

Vergonha.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Pede pra sair!

Phoenix, maria-sem-vergonha, pavio de vela teimando em deixar o aniversariante com cara de tacho. Sou como a Gloria Gaynor. Por mais que me matem, me maltratem ou que eu mesma me distrate... yeah! I always survive.


Quanto maior é o problema, mais a fundo nele eu vou. Não deixo recados pendentes pra responder depois. Me coloco, me abro, não evito enfrentamentos... na verdade, gosto mesmo é de um bom embate. Gosto da discussão, da dialética (terminho mais unespiano não conheço... rs), do construir algo com outros através da honestidade e da contribuição. Não tenho medo do escuro. Não me preocupa o desconhecido. Sim! A honestidade é minha arma. E eu sou como a Tropa de Elite: osso duro de roer.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Final de semana em flashs

Leia até o final para saber quem é o dono desse sorriso lindo!



- Monica Veloso em entrevista a Amaury Junior: "eu sou assim... muito... reservadinha..." Hummm... Sei. Ainda sobre ela, diz que pesquisou o histórico das famosas que passaram pela revista e que todas são mulheres competentes, profissionais e muito bem sucedidas no que fazem. Mônica querida, deve ser por isso que está na capa, você também foi muito bem sucedida em sua empreitada, bem.

- Filosofando depois da pérola dos talk shows brasileiros supra-citada: se algum dia eu me visse envolvida em um escândalo da política nacional, morreria de vergonha de mostrar a cara em público. Imaginem vocês, ó céus, além de mostrar a cara, aceitar um convite para mostrar a bunda.

- Calor. Calor. Calor. Acho que vou comprar uma piscina de plástico e colocar no quintal.

- Porque o meu macarrão simplesmente escapa do molho e o da minha mãe fica sempre tão encorpado e coladinho à massa?

- Foi de propósito o excesso de gerundismo do Emílio do Pânico no programa de ontem? Puxa, me incomodou. A questão é que o gerundismo só incomoda a quem não gosta dele. É melhor ser menos irônico e mais claro, Emílio, pra estar atingindo quem precisa estar corrigindo o jeito de estar usando a língua.

- Na sexta estava um trapo, emocionalmente exausta e fisicamente incapaz até de me levantar do sofá. Sábado e domingo, me renovei: juntando a nossa predisposição e a colaboração dos quem amamos, dá pra começar a segunda com otimismo e alegria. Os finais de semana existem para descansar o corpo e regenerar a alma. Essa semana vai ser punk-heavy-metal, mas o finde que se aproxima é prolongado...

- O sorriso da foto que ilustra esse post é do responsável pelo melhor momento desse findi: ENZO, meu primo-sobrinho, lindo, lindo, saudável, esperto e feliz. Que tarde gostosa passamos em família!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Conforme prometido...


Requeijão com talos de couve
Ingredientes:
1 xícara (chá) de talos de couve
1 dente de alho
1 colher (sopa) de cebola
2 colheres (sopa) de azeite
3 xícaras (chá) de leite
2 xícaras (café) de vinagre
2 colheres (sopa) de margarina
sal a gosto
Modo de fazer:
Doure a cebola e o alho no azeite e refogue os talos de couve. Reserve. Junte o vinagre ao leite fervido (já gelado) e deixe coalhar. Coe a coalhada e leve ao liqüidificador com a margarina e o sal. Bata até ficar cremoso. Acrescente os talos refogados e misture. Sirva com torradas.
Dica:
Os talos de couve podem ser substituídos por talos de agrião ou espinafre.

Essa é mais uma das receitas mais-que-bacanas do projeto "Alimente-se Bem" do SESI, que quebra os preconceitos alimentares do brasileiro, surpreende com ingredientes inusitados, sabores de babar e ainda ajuda a acabar (desculpe a rima óbvia) com o vício do disperdício. Tá bom pra você?

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Você PRECISA experimentar

Quando for ao BIG ou a uma daquelas mecas do consumo inconsciente chamadas Wal-Mart, procure pela lata de 454 gramas das "Sodas Dux", uma bolachinha água e sal colombiana fenomenal! Derrete na boca MESMO, é leve, coradinha e até a versão sem sal é uma festa de sabor... hummmmm. Gostei purinha messsssssssss, mas é certo que vai bem com qualquer coisa.

Amanhã descolo a fenomenal receita de requeijão com talos de couve do Sesi (que aprendi na divertida externa de hoje) e posto aqui. Deve ser par perfeito da galletita colombiana. Huuuuuummmmmmmmmmm...

Resquícios do VMB ou "Do limão, a limonada!"




A quem possa desejar presentear-me, registro que aceito de muito bom grado o CD de Juliette and The Licks. Primeiro porque ela chutou Hollywood e sua esquizofrenia para fazer o que sempre quis. Segundo, porque é divertida, desarmada, livre. Terceiro, porque ela é uma espécie de Anthony Kiedis de saias (ou seria de calças? rs) And last but not least, porque ela foi a única bola dentro do VMB 2007.

Nas surpresas de sábado à noite


Zapeando sem nada esperar, sábado à noite encontrei uma pérola na TV: o filme "O Mapa do Mundo", com Juliane Moore e Sigourney Weaver. Em princípio pensei que era mais um telefilme daqueles que fazem volume e echem linguiça na programação dos canais de cinema. Mas ao mesmo tempo - raciocinei certeiramente - como pode ser mais um telefilmezinho qualquer com essas duas no elenco? Apostei e me dei muito bem. Há tempos não assistia a duas interpretações tão comoventes, não me deparava com uma crítica ao americano classe média tão delicada e ao mesmo tempo contundente, não me pegava filosofando sobre a vida e sobre os furacões que nos envolvem pelas costas sem que a gente sinta sequer um calafrio. Destaque para o roteiro que magnetiza, confunde e seduz do começo ao fim. Recomendo fortemente.

Ah! La película tem ainda a deusa muderrrrna Chloe Sevigny... mas desencanem os adoradores da moça, pois trata-se de uma simples ponta. Uma pontinha legal, é verdade.
But that´s all, folks.

Capitão Nascimento?!?


Sim! Foi ele quem matou a Taís.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

VMB 2007

Putz...

... eu não imaginava ver Paulo Ricardo (ele, sim, o verdadeiro Forgotten Boy), cantando no Karaokê dos Forgotten Boys como se fosse um bêbado qualquer em festa de casamento, com aqueles óculos de aro branco, que se ganha nessas festas-família... haja "Jumping Jack Flash"!

... NX Zero como "artista do ano"... a audiência não vota com as razões, só com as emoções, mas para a abanda, a sair foi "fazeeeeeeeeer valer a peeeeeeeena"...

... Cicarelli descabelada e sofrendo com a iluminação de palco! Também, cara, 13 roupitchas... haja fôlego de atleta pra moça.

... eu juro que não sabia que Marilyn Mason, além de freak, bancava o manquitola.

... dupla mais bizarra da noite, é claro, Sandy e Darrick. Ela (com seu metrinho e pouco de altura, dando uma de descolada) a 10 metros de distância do cara. Um dos caras mais gentlemen do rock, diga-se de passagem.

... encenação fake total do Pânico.

VMB é sempre isso. Mas que isso mais irresistível. PORRA, MTV! (foi a frase da noite, resumindo a ópera rock... ops! A Ópera EMO).

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Vai que...


Eu achei "O ano em que meus pais saíram de férias" um filme bacaninha... (se é que isso é elogio). A garotinha aí da foto é incrível, o filme tem lá sua sensibilidade e relembra um fantasma de todos nós quando crianças: e se meus pais não voltarem nunca mais pra me buscar?

Mas não acho que representa bem a gente lá nos State.

Enfim, vai que a historinha bacaninha do menininho ganha a Academia, né? Desde que Central do Brasil perdeu para a A Vida é Bela que eu não torço mais pra filme brazuca no Oscar.

Deus-me-livre-e-guarde!

Continuando meus posts na linha dona-de-casa, declaro que jamais comprarei algumas marcas de sabão em pó ou amaciante. Imagine encher a máquina de roupa suja e, ao abrir a embalagem do sabão, aparecer o Daniel cantando na sua área de serviço! Trash total. Pior é no supermercado! Ao tirar um saco de sabão da gôndola, você vê a prateleira sumir e a Daniela Mercury aparece, gritando feito doida e fazendo sua dança axé-freak. Deus me livre e guarde. Cruz credo, pé-de-pato, mangalô, trêis vêis!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

I´m Crocker. Betty Crocker.


A cozinha é meu divã. Escrever é como uma faxina na alma. Cozinhar é como trazer a essa casa limpa e gostosa sabores, odores, cores. Adoro temperos. Sal, pimentas, alho (comum e poró), salsinha, cebolinha (só não vale coentro), curry, mostarda, orégano, louro, tomilho, páprica. Mais um bocadinho de sal sempre. Molhos diversos, dos exóticos aos da mama, brancos ou vermelhos, daqueles de sujar o guardanapo com gosto. Azeite (extra-virgem sempre e muito) pra regar tudo isso. E o que vier depois, é só tempo de cozimento e segredo de sucesso. Gente adulta querendo lambuzar os dedos, cachorros impacientes ao redor e o meu ego de cozinheira humilde (e leonina), que se sente a chef das chefs, vibrando. Experimente meu chilli, meu estrogonofe, meu arroz (de panela ou de microondas, né Carol?) e babarás. O segredo? Curtir o processo (cortar legumes é a terapia das terapias!), gostar até das comidinhas do dia-a-dia e simplesmente ser refém dos elogios depois de cada garfada.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

The most 10001010000010 everything of E!

O E! se superou com esse programa sobre "divas", nos lembrando que há também "divos", como Elton John e Jack Nicholson. "Absolutely nothing".

Enquanto isso, vamos ver Mano Brown no Roda Viva.

É isso aí, my brother

Link para o blog temporário de Leo Sanches.

http://blogdoleosanches.blogspot.com

Ele me questiona o post abaixo. E eu rio até agora com o link do Suplicy declamando Racionais. Que essa bizarrice ganhe o VMB. E "au, au!", ora bolas.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

terça-feira, 18 de setembro de 2007

EU TENHO VERGONHA ALHEIA


Tenho vergonha do Renan, eu tenho vergonha dos outros senadores que continuam fazendo parta da tal "casa" presidida por ele, tenho vergonha de quem defende a "vida privada" (e que privada mesmo) do cara, eu tenho vergonha de quem compra a Playboy da Monica Velloso. Eu tenho vergonha de constatar que não temos vergonha na cara. Eu morro de vergonha do fato de que para toda sacanagem que acontece nesse país há uma brecha legal que leva à impunidade. Eu tenho vergonha da nossa memória curta, das manchetes internacionais, enfim...


Há sempre um tapete nesse país esperando para cobrir a sujeira. O problema é que como uma madame de unhas feitas esperamos a faxineira chegar... quando deveríamos estar de vassoura em punho, com muita vontade de deixar a casa (e a nossa dignidade) brilhando.
Como todo mundo, não tenho a fórmula ideal de como agir. Mas do jeito que estamos deixando a coisa "correr frouxa", sei não.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Gore and Bush and Moore... e o mundo?


Assisti "Uma verdade Inconveniente", o alerta sobre Aquecimento Global produzido por Al Gore, candidato à presidência dos EUA derrotado (?) nas urnas por George Bush. Depois de um dia de bombardeio sobre o 11 de Setembro na TV, na Internet e nas rodas de bate-papo (impressionante como todos se lembram o que faziam no exato momento do ataque à torres gêmeas), me pergunto porque os americanos escolheram a causa anti-terrorista e deixaram de lado a questão da nossa sobrevivência breve. É claro que nunca dependeu só deles e dessa decisão, mas veja só o que o "efeito Bush" em todo o mundo. Al Gore teria sido a melhor escolha? Não sei. Mas o DVD que ele produziu vale a pena. É político, sem ser panfletário. É alarmante sem ser alarmista. Só achei que faltou propor mais soluções ao cidadão comum. Recomendo. Desde que acompanhado de "Fahrenheit: 11 de Setembro", de Michael Moore. Acho que os 2 filmes juntos fazem muito mais sentido.

Babel... ou Iñarritu, meu novo favorito


Veja Babel. Não pelo Brad Pitt, nem pela Cate Blanchett, muito menos por Gael. A imagem ao lado não faz jus ao filme, porque só traz o elenco estelar. Há atores tão desconhecidos quanto surpreendentes dando forma ao roteiro amarrado e inteligente. Aliás, é um filme de roteiro, não de ator, se é que os filmes podem ser divididos em categorias assim. O que importa é que eu divido e que isso me faz compreender melhor o cinema e que Babel é um filme excepcional e que Iñarritu merece muito respeito. Desde Crash um filme não me ganhava assim, arrebatadoramente. Babel faz a gente se perguntar o quanto o lugar de onde viemos ou somos importa. Ou não.
P.S. Lembra de Short Cuts?

terça-feira, 4 de setembro de 2007

MAIS UMA!


Se você ainda não se rendeu à idéia de que um animal pode mudar a sua vida, conheça a minha mais nova paixão: PRETA (tinha como ter outro nome?). Morava na casa de um casal que tinha pouco espaço mas muita compaixão e amor pelos bichos, com mais 15 cães, no esquema considerado "lar temporário" pela Prefeitura da cidade. Desde que chegou, Preta já tomou meio litro de óleo de cozinha, acabou com as havaianas do Marcelo, insiste em dormir no sofá e arranha a gente até ganhar carinho. Ela e Freak já são as melhores amigas e adoram brincar de lutar desarrumando o tapete da sala. Dormem na mesma caminha. Por opção, que fique bem claro! (rs) E no fim das contas, fazem a vida gente bem feliz.

domingo, 19 de agosto de 2007

Segredo?

Estou assistindo o DVD "O Segredo", presente das queridas amigas Ângela e Suh, e me ponho a encafifar: o que eu sempre entendi como um misto de determinação e da força do "dedo de Deus" em minha vida, agora é objeto de estudo dos metafísicos, cientistas, especialistas em física quântica e psiquiatras... e vem à luz como um segredo do universo, tão óbvio e instigante quanto são os segredos realmente importantes. O DVD, pra mim, foi uma sessão de terapia: me peguei lembrando dos anjos que apareceram em minha vida nos momentos em que mais precisei de proteção: Seu Zé Luiz e Dona Maria Helena, de Bauru (fica aqui meu eterno agradecimento pela adoção voluntária de uma adulta que começava sua vida em meio a um turbilhão de sentimentos e acontecimentos); os amigos que perduram até hoje, mesmo que não nos saibamos no dia-a-dia (Tânia, Flávio, Mara, Carol, Joelma, Bira, Zu, Dedé, Sá, Lilian, Gus, Mateus, Roger, Leguinho, Raquel, Carolzinha... desculpem-me aqui os que vivem no coração mas neste instante seus nomes fujam à memória); minha família complicada e maravilhosa e meu marido Marcelo, sempre tão paciente quanto carinhoso e excelente companhia para divagações sem fim; amigos que fiz no trabalho (entre voluntários e colegas, todos estão no meu espaçoso coração e me ensinam muitas e variadas coisas, todos os dias) . Pra quê tantos agradecimentos, vocês devem estar se perguntando... é só porque me dei conta de que os atraí para a minha vida, é só porque são meu bálsamo em uma longa jornada pessoal, é só porque estamos todos afinados no único objetivo de ser feliz.

sábado, 18 de agosto de 2007

Ela sabe tudo


Estou ouvindo mais música brasileira... menos do que gostaria, mas mais do que minha "workaholication" permite. Me apaixonei pela voz de Vanessa da Mata: suave, timbre doce, de uma delicadeza que não anula sua personalidade forte. As letras falam de dilemas modernos da mulherada, falam dos lances que eu e minhas amigas vivemos neste 2007 tão frenético e bruto como se fossem cantigas de ninar, canções de roda, música das moças prendadas de outros tempos que só vemos nas novelas de época das 6. A gente quer tanto (em vão) ser trabalho e família, forte e mocinha, decidida e conduzida... E vem Vanessa como se dissesse assim: "peça com jeitinho que o cê consegue..." Vai ver que é mesmo por aí. Ouça "Viagem", "Não Chore Homem" e "Música". Vai entender do que estou falando e do que Vanessa vem cantando.

Dona Tereza


Pão feito em casa no fim da tarde, coberto de manteiga Aviação. Isso pra mim é como um abraço, um riso largo e um aconchego calmo no colo farto da mulher mais linda da família. Minha avó Tereza se parecia com a Lauren Bacall, vejam vocês. Dona de invejadíssimos olhos azuis, cuja genética (egoísta e bestamente) não nos cedeu a honra de ter, ela era um misto de personalidade, simplicidade e doçura (daquelas doçuras bem doces, que só as vós sabem ter). Como tudo nessa vida besta de meu Deus, ela também chegou ao fim. Me recordo de nos últimos dias, encontrá-la na cama, alheia ao mundo, mas sempre doce. Encostava meu nariz no dela, que abria um sorriso puro de criança feliz e dizia: "Boneca da Vó!" Eu sei que sou um pouco daquela vechiara, como a chamava meu tio. E já nem me importa que meus olhos castanhos não tenham nascido azuis. Agora, herdei os dela pra sempre, sempre abertos e bonitos, trancados a sete chaves no meu mais precioso baú de memórias. Saudade, viu, Vó...

Faxina


Em fase de varrer bem embaixo dos tapetes, pra onde sempre joguei as mais profundas e caladas sensações, resolvo reabrir esse boteco. Descobri que uma bela faxina pode deixar a alma num tom branco OMO de muita paz. Quem quiser ajudar, que me acompanhe nessa tarefa que nunca termina mas que dia-a-dia se prova essencial. Já pegou seu espanador?

segunda-feira, 19 de março de 2007

Não tem preço!



Cachorros são uma das paixões da minha vida. Quando criança, teve a Sofia Rogéria (nome que escolhi com 3 anos) para uma cadela linda, quase uma weimaraner de pelo curto, macio e enormes olhos verdes. Depois teve o Bacuri, um projeto de setter, lindo, lindo, mas bravo, bravo que herdei do meu querido Tio Minho. Antes dele, ainda o Chink, da Tia Ia, um pequinês que desapareceu de casa sem deixar vestígios. Uma pequena vira-lata, muitos anos depois, veio somar à nossa família: Croty (nome originado da incapacidade de minha avó de falar corretamente o nome de uma conhecia sua, uma tal de Clotilde). A Croty era carinhosa ao extremo, uma mistura graciosa de basset com vira, doce, doce, que morreu aos 11 anos de uma doença desconhecida. Ping (não fui eu quem escolhi nome, que fique claro), um fêmea de pastor alemão paraguaia, tão estranha quanto esperta, carinhosíssima e cheia de energia, veio há 5 anos atrás. Não fui quem a escolhi: ela me olhou de dentro da gaiola da Sociedade Protetora dos Animais de Sumaré, como que dizendo: "Serei seu cão de estimação pelo resto de minha vidinha, basta me tirar daqui". Tem 5 anos e ficou em casa de mamãe (é o xodó da minha velha) e vibra feliz, late alto e esganiçado toda vez que me vê (por isso, é também o terror da vizinhança). E agora tem a Freak, uma teckel charmosa, calma, inteligente e extremamente meiga, que veio alegrar a minha vida de casada, ao lado do Marcelo. Ela já tem 4 anos (aproximadamente, segundo a veterinária). Foi abandonada na rua ainda prenha, teve os filhotes sem qualquer ajuda e os comeu, num instinto fortíssimo de proteção e sobrevivência. Foi parar no abrigo pelas mãos de algum anjo, era arredia, estava toda machucada, com doença de pele, doença do carrapato, anemia profunda. Mas veio direto pro meu colo assim que cheguei para buscá-la. Hoje, curada de todos os males, uns 4 quilos mais gorda, feliz e amada, defende a casa e seus donos malucos de tudo e de todos.


Se você tiver disponibilidade (não de tempo e nem de dinheiro, mas de amor), adote um amigo fiel, animado e companheiro. A recompensa, EU GARANTO, não tem preço.

domingo, 18 de março de 2007

Máquina pole position


Me desculpem os aficcionados, mas sou saudosista da Fórmula 1 dos tempos de Piquet, Senna e Prost. Naquele tempo, o homem valia mais do que o carro, ou seja, o piloto comandava o show da velocidade, assumindo riscos, encarando com perícia e coragem os desafios da pista. Sabadão e estamos aqui, no doce aconchego do lar, assistindo ao GP da Austrália. Percebo que nesta temporada só há pilotos medianos na F1 (Haikkonen foi pole e, pasmen, Rubinho ainda está lá). Eu não sei torcer pelo motor da McLaren. Eu sabia mesmo era vibrar com ultrapassagens incríveis e audaciosas, com pilotos que preferiam correr na chuva e com os últimos colocados, das piores escuderias, vencendo GPs. Hoje, a F1, pra mim, deixou de ser esporte para se tornar um show de tecnologia e uma tentativa desesperada dos fabricantes de vender mais carros de sua marca.


P.S. Schumacher era mais máquina do que a máquina? Ainda bem que o alemão se aposentou.
P.S. "Felipe Massa vai com calma, tá certo, tá certo..." Galvão, até o alemão já foi.

sábado, 17 de março de 2007

Como é o "seu" Deus?


Até quando, minha gente, o mundo vai assistir exemplos de preconceito tão descabidos quanto este?


P.S. Não dou a mínima para o Elton John, mas não posso crer que proibir a apresentação de um artista seja a maneira encontrada pela Igreja de fazer um povo se "livrar" de um "castigo divino". Sou católica e adoraria ir a esse show só pra ver o Earth, Wind & Fire.

A dúvida que não se cala

Porque a trintona Analy, do BBB7, fala feito criança e se veste feito adolescente? Afe, minha gente, tem dó de quem já viveu seus próprios 30 e tem de ver e ouvir essa pseudo DJ falando na TV.

Em tempo: Sou adulta, mas não me levo assim tão a sério. O que não significa que precise idiotizar minha figura. E tenho dito.

Ainda em tempo: Aceito todos os argumentos contra o BBB. Mas me vicio em todas as edições, até nessa que é pior: cheia de mulheres vulgares e homens machistas. ALGUM PROBLEMA?

Que diabos sabemos nós?


Detesto livros e filmes obrigatórios (arte é para quem se sensibiliza, tem acesso ou se interessa), mas para os que ainda não viram o documenatário "What the bleep do we Know?" (ou em português chulo: "Que diabos nós sabemos?"), fica aqui a indicação. Questões da filosofia e da física quântica são abordadas de maneira muito pouco óbvia e totalmente instigante. Não se preocupe se o filme lhe "cansar". Você pode parar para digerir o conteúdo delicioso que lhe é apresentado que a vontade de continuar assistindo não vai lhe deixar em paz. Críticos alegam que se trata de pseudo-ciência. Leigos vêem e se deliciam com tanto conhecimento trazido à luz por meio do estranho roteiro que alinhava entrevistas com cientistas e a estória fictícia de uma fotógrafa surda e sua percepção de mundo. Eu ainda não acabei de ver, mas tô louca para terminar e convido todo mundo a vir comigo nessa.

Feeling Lost

Tá bom: o Jack é lindo e politicamente correto. Tá bom: o Sawyer é lindo e um vilão irresistível. Tá bom: Rodrigo Santoro é lindo e brasileiro. Mas porque será que só eu me sinto LOST quando assisto LOST? A idéia da série é essa mesmo? Se não for, esta é a prova maior de que talvez eu seja mesmo alienígena (ou, o que é mais provável, tenha os dois pés - e a cabeça - bem fincados nesse tal de planeta Terra).

quarta-feira, 14 de março de 2007

Entre Ilariês e Lígias


Diferentemente da maioria de meninas da minha geração, eu não queria ser Paquita, não. Além de não ser loira (apesar do seu Francisco insistir no contrário... rs) e ter um certo desajeitamento para dançar, a febre Xuxa nunca me convenceu. Eu ficava triste quando aquelas 2 xuquinhas misteriosamente sustentadas no vácuo ofereciam um café da manhã suntuoso e colorido, totalmente à la Projac, a crianças que iam pra escola pra comer merenda porque em casa as panelas andavam vazias. Imaginava um garoto de rua lá, vendo aquela cena nababesca e comparando com a sua dura e faminta realidade numa vitrine qualquer das Casas Bahia... e isso me chateava muito.
Bom, na verdade, começo com a Xuxa para acabar no Tom Jobim (o bom de blogar é o descompromisso, até mesmo com qualquer senso de lógica) . Dia desses a Globo (a mesma Globo da lourona-rainha-do-café-da-manhã) exibiu um especial muito bacana em homenagem ao aniversário do grande Tom Jobim. E eu, me deliciando com as minhas canções favoritas, me deparei com Elis, Chico, Sinatra, Vinícius e aquelas cenas tão comuns na TV nos anos 80: Jobim versão piano e voz, acompanhado daquelas moças elegantes e intensas, cantando com toda suavidade e beleza: suas crooners. Pronto, lembrei que era isso que eu sonhava ser quando criança: crooner do Tom Jobim. Ser Paquita da Xuxa, sinceramente e tentando evitar qualquer traço esnobe que essa declaração possa ter, nunca me passou pela cabeça.
P. S. O fato de eu ser uma cantora ruim, a essa altura do campeonato (com o jornalismo me tomando todas as artérias) não faz a menor diferença.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Entrem!

Há tempos venho pensando em reeditar a idéia de escrever um blog. Aproveitei os dias de folia para fazê-lo (sim, eu sou alguém que além das resoluções de Ano Novo, também inventa algumas para o Carnaval).
Na verdade, o meu desejo é exercitar a escrita, encontrar os novos e os velhos amigos, trocar idéias que sinto tornarem-se um desperdício quando não compartilhadas.
Entrem, sentem-se, fiquem à vontade para um papo gostoso e um café nesse Central Perk que tem bem mais do que 6 amigos.