Eu gosto de dias cinzentos, com tempo indefinido. Dia de olhar a vida pela vidraça de casa, de ver o vento balançar o mundo lá fora, de ouvir um jazz bem baixinho. Dias perfeitos para um casaquinho, um capuccino, um e-mail carinhoso para alguém que a gente gosta. Dia de moletom velho, banho longo, leite com chocolate ou uma sopinha bem cheirosa e reconfortante. Dia de coisas morninhas, por assim dizer.
Como um abraço apertado e longo, desses que demoram a desatar. Nem que seja um abraço da gente pra gente mesmo. Dia de uma lagriminha que escapa e de um sorriso bom de lembrança passada. Dia de seriado bobo na tevê, de reler o livro favorito, de deixar o telefone tocar. Dia de ver fotos antigas, de questionar as inconseqüências da vida, de ser um pouco existencialista. Há dias perfeitos para ser um pouquinho triste. Mesmo sem ter razão. Um bom dia cinza pra você que me lê.
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