domingo, 19 de agosto de 2007

Segredo?

Estou assistindo o DVD "O Segredo", presente das queridas amigas Ângela e Suh, e me ponho a encafifar: o que eu sempre entendi como um misto de determinação e da força do "dedo de Deus" em minha vida, agora é objeto de estudo dos metafísicos, cientistas, especialistas em física quântica e psiquiatras... e vem à luz como um segredo do universo, tão óbvio e instigante quanto são os segredos realmente importantes. O DVD, pra mim, foi uma sessão de terapia: me peguei lembrando dos anjos que apareceram em minha vida nos momentos em que mais precisei de proteção: Seu Zé Luiz e Dona Maria Helena, de Bauru (fica aqui meu eterno agradecimento pela adoção voluntária de uma adulta que começava sua vida em meio a um turbilhão de sentimentos e acontecimentos); os amigos que perduram até hoje, mesmo que não nos saibamos no dia-a-dia (Tânia, Flávio, Mara, Carol, Joelma, Bira, Zu, Dedé, Sá, Lilian, Gus, Mateus, Roger, Leguinho, Raquel, Carolzinha... desculpem-me aqui os que vivem no coração mas neste instante seus nomes fujam à memória); minha família complicada e maravilhosa e meu marido Marcelo, sempre tão paciente quanto carinhoso e excelente companhia para divagações sem fim; amigos que fiz no trabalho (entre voluntários e colegas, todos estão no meu espaçoso coração e me ensinam muitas e variadas coisas, todos os dias) . Pra quê tantos agradecimentos, vocês devem estar se perguntando... é só porque me dei conta de que os atraí para a minha vida, é só porque são meu bálsamo em uma longa jornada pessoal, é só porque estamos todos afinados no único objetivo de ser feliz.

sábado, 18 de agosto de 2007

Ela sabe tudo


Estou ouvindo mais música brasileira... menos do que gostaria, mas mais do que minha "workaholication" permite. Me apaixonei pela voz de Vanessa da Mata: suave, timbre doce, de uma delicadeza que não anula sua personalidade forte. As letras falam de dilemas modernos da mulherada, falam dos lances que eu e minhas amigas vivemos neste 2007 tão frenético e bruto como se fossem cantigas de ninar, canções de roda, música das moças prendadas de outros tempos que só vemos nas novelas de época das 6. A gente quer tanto (em vão) ser trabalho e família, forte e mocinha, decidida e conduzida... E vem Vanessa como se dissesse assim: "peça com jeitinho que o cê consegue..." Vai ver que é mesmo por aí. Ouça "Viagem", "Não Chore Homem" e "Música". Vai entender do que estou falando e do que Vanessa vem cantando.

Dona Tereza


Pão feito em casa no fim da tarde, coberto de manteiga Aviação. Isso pra mim é como um abraço, um riso largo e um aconchego calmo no colo farto da mulher mais linda da família. Minha avó Tereza se parecia com a Lauren Bacall, vejam vocês. Dona de invejadíssimos olhos azuis, cuja genética (egoísta e bestamente) não nos cedeu a honra de ter, ela era um misto de personalidade, simplicidade e doçura (daquelas doçuras bem doces, que só as vós sabem ter). Como tudo nessa vida besta de meu Deus, ela também chegou ao fim. Me recordo de nos últimos dias, encontrá-la na cama, alheia ao mundo, mas sempre doce. Encostava meu nariz no dela, que abria um sorriso puro de criança feliz e dizia: "Boneca da Vó!" Eu sei que sou um pouco daquela vechiara, como a chamava meu tio. E já nem me importa que meus olhos castanhos não tenham nascido azuis. Agora, herdei os dela pra sempre, sempre abertos e bonitos, trancados a sete chaves no meu mais precioso baú de memórias. Saudade, viu, Vó...

Faxina


Em fase de varrer bem embaixo dos tapetes, pra onde sempre joguei as mais profundas e caladas sensações, resolvo reabrir esse boteco. Descobri que uma bela faxina pode deixar a alma num tom branco OMO de muita paz. Quem quiser ajudar, que me acompanhe nessa tarefa que nunca termina mas que dia-a-dia se prova essencial. Já pegou seu espanador?