segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Vida real


É bem provável que você jamais me encontre na seção de ficção científica da locadora. Também não aceitaria se me convidasse pra ir ao cinema ver uma fita de elfos, magos, monstros ou qualquer coisa que mais me faça rir do que filosofar ou ter medo. Adoro filmes sobre a vida real, pessoas comuns, histórias que poderiam acontecer com qualquer um de nós, enfim. Por isso, há tempos vi na TV o making off do filme Bobby, dirigido e escrito por Emilio Estevez (surpresa!) e fiquei com muita vontade de ver o filme. Ontem assisti e confesso que adorei. Pela constelação que é o elenco, pelo roteiro bem amarrado, pelas tramas humanas (fictícias e reais) que se cruzaram no Ambassador Hotel no dia do assassinato de Bobby Kennedy. Direção impecável, figurinos perfeitos, música-tema interpretada por Aretha Franklin, enfim... De quebra uma reflexão sobre a violência enraizada na sociedade americana e o que podemos fazer da vida através de nossas escolhas. Um filme delicado, cheio de sutilezas, muito bem feito. Vale também ver os extras, onde o surpreendente Emilio conta a interessante história do processo de criar o filme. Assista!

Em tempo: Escrevendo esse post me dei conta que prefiro a realidade não só no cinema. Pra ler, acabo sempre escolhendo biografias. Estou com 3 delas em andamento: Maysa, Tim Maia: vale tudo e Furacão Elis (todos deliciosos presentes de Natal). Estou amando os três, embora eu ache que deva ler um de cada vez pra não misturar demais as histórias. Tão parecidas essas vidas de talentos monstruosos, de excessos em todos os sentidos. Tão desafiadoras essas três pessoas que estão passando férias comigo.

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