quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Casca... e só.

O terninho bem cortado da executiva, sua máxi-bolsa, seus saltos confortáveis. O carro novo, as mentiras velhas, os vícios debaixo do tapete. Há discursos inflamados, a falta de gentileza e condescendência maquiados de assertividade. O poder - Ah! O poder! - que nunca se sabe temporário e temerário. Há reuniões íntimas para desconhecidos, o contra-cheque, os shoppings como diversão única e as bobagens ditas no MSN. Os proseccos, os convites para eventos imperdíveis, as revistas femininas, o peso ideal e o Globo Repórter com suas receitas infalíveis de comportamento. As viagens perfeitas da CVC, as vantagens do novo Motorola, um iPod cheio de músicas da moda, a MTV. Há diplomas mil encadeados, matérias na Imprensa, comentários superficias sobre filmes, livros e discos. Há a desculpa dos bipolares, o descaramento dos falhos de caráter, os coitadinhos em eterna depressão. Há os bons oradores, os falsos profetas e os engraçados 24 horas por dia.

...

A verdade é que não há ninguém tão seguro de nada nesse mundo que não sinta medo. E o que sobra e só o que vale: a tentativa de viver bem com a gente mesmo. No mais, é tudo casca.

Um comentário:

Aline disse...

E tem casca que engana bem, não é mesmo?
Orgulhe-se sempre por ter conteúdo, companheira!
Beijos.