Não pude deixar de me recordar daquele que talvez tenha sido o melhor presente que ganhei quando criança, dos queridos tios Minho e Val: uma linda coleção completa do Sítio do Pica-Pau Amarelo, ilustrada com desenhos do autor e toda em capa dura. Criança que era, incentivada também pela série do Sítio exibida na década de 80 pela TV Globo, devorei a coleção.
Devo ter apenas 5 dos exemplares, que guardo como relíquias. As demais me foram privadas pela convicção que tenho de que livro não é pra ficar na estante: é pra ser emprestado, é pra ser lido por todos, é pra ganhar vida em outros olhos, mentes, mãos. Espero que aqueles que nunca me devolveram minhas preciosas edições, tenham ao menos se rendido ao hábito da leitura como eu me rendi pro resto da vida.
Os adultos podem dar o exemplo, a escola pode e deve criar a curiosidade e a tevê (baby sitter eletrônica de muitas crianças), também é responsável por complementar essa cadeia de busca pela leitura.
Leiam, pais! Leiam, professores! Leiam, crianças! E façam da tevê, da internet, do cinema, a busca por novos autores, novas histórias, novas referências. Cabe à indústria do livro e ao governo no nosso Brasil brasileiro, facilitar o acesso. Vamos criar neste país uma rede em prol das letras e da cultura. Ninguém perde nessa.
Um comentário:
Que coisa não!
Minha mãe também começou com os livros do Monteiro Lobato: Reinações de Narizinho e Viagem ao Céu... Eu também devorei esses livros quando pequeno e não faz nem um mês que eles foram encaminhados para minhas primas, que aposto que vão devorar também!
Isso que é herança de família! ahuaheuaheu
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