quinta-feira, 15 de maio de 2008

Tudo por uma "sensação"

Hoje a Suh, grande amiga, veio me pedir uma modesta colaboração a um trabalho da faculdade de Publicidade. Bastava que eu respondesse a uma brevíssima entrevista baseada em lançar ou não um novo sabor de sorvete no mercado. O detalhe é que o sorvete seria uma versão ice do chocolate Sensação, aquele com o docinho vermelho e líquido no meio, enjoativo feito o cão, mas que eu adoro!
Gostoso ter a oportunidade de me auto-analisar como consumidora.
Gostoso imaginar um produto dos sonhos virando realidade para as papilas gustativas.
Mas mais gostoso ainda foi correr à lanchonete no meio do expediente e pedir um delicioso sorvete (qualquer um, pois o Sensação - ainda - não existe), me lambuzar e imaginar: "Hummmmmm... eu aprovaria qualquer novo sabor dessa delícia gelada." Isso em pleno inverno e em meio a uma vã tentativa de dieta.
Como somos suscetíveis, não?

sábado, 3 de maio de 2008

Travolta Travestido


Hoje vi Hairspray, uma comédia-musical divertidíssima e encantadora. Vou logo avisando: se você não gosta de musicais, não veja! Porque o filme é um musical MESMO, daqueles em que praticamente TODOS os diálogos são cantados e dançados.
Hairspray fala de superação, de segregação racial, da busca pela fama, da ditadura da magreza... com muita naturalidade e leveza (sem qualquer intenção de trocadilho). Engraçado e irônico ver Zac Efron, o astro do também musical teen High School Musical, se apaixonando pela supergordinha talentosa e bem-intencionada, a estrela do filme. E Amanda Bynes, outra estrelinha adolescente, desafiando a mãe catolicíssima e ultra-conservadora para cair nos braços de um jovem negro (que obviamente não é um rapper problemático e multimilionário) em pelo início dos anos 60.
Hairspray tem aquele exagero gostoso dos musicais, das canções cheias de firulas e côros ao figurino over... das atuações sempre um tom acima, que fazem uma diverstidíssima caricatura sem cair na canastrice.
E ainda temos Christopher Walken (sempre ótimo), Queen Latifah (e sua superpresença), Michelle Pfeifer (preciso classificar como competente e lindíssima?) e o sempre encantador John Travolta, ainda que totalmente travestido de mãe gorda e complexada, dançando incrivelmente como uma mulher e fazendo o que todos os astros de Hollywood deveriam fazer de vez em quando: não se levar a sério.
Reforço: se você, como eu, gosta de musicais, desmarque o seu compromisso com a realidade e... permita-se!

Amor aos pedaços


Quem me conhece sabe que adoro cozinhar... e hoje, assistindo um episódio de Jamie Oliver em Casa me dei conta de que há tempos venho subvertendo a ordem de algumas regras culinárias que aprendi desde criança, observando minha mãe e minha avó fazendo suas saborosas magias na cozinha.
Jamie fatia tudo grosseiramente, usa muito as mãos e faz temperos, caldos e finalizações sempre ao mesmo tempo. As cebolas e alhos são pedaçudos, os legumes sempre aparecem em nacos grandes e apetitosos e o tempero é sempre extra. É um modo rústico de cozinhar, que tenho usado bastante, às vezes em função da falta de tempo e, às vezes, simplesmente porque descobri que o resultado é fantástico e ultra saboroso.
Vó e Mãe me ensinaram a gostar das panelas, aromas e elogios. E é claro que estou longe de ser um Jamie Oliver, mas não é que venho encontrando o meu próprio jeito de cozinhar?

Confesso que nem sempre dá certo, mas é uma paixão. E como toda paixão, precisa de muito envolvimento e de pouca razão para ser vivida.

BBBolo

Quando você acha que já viu, leu e soube tudo o que os assessores de Imprensa conseguiram lhe enfiar mídia abaixo sobre ex-BBBs, eis que surge essa linda imagem do bolo de Alexandre Scaquete, participante da última edição.
Meda.

Assessor de ex-BBB é tão competente que devia ganhar o dobro de assessor de gente realmente interessante e relevante para a humanidade.

Gentili

Leia o texto de Danilo Gentili sobre o caso "Ronaldinho e as travecas".
Di-ver-ti-dís-si-mo!
http://danilogentili.zip.net/

Mãe é tudo nessa vida

Tem coisa melhor que pão na chapa e chocolate quente em uma tarde chuvosa como a que foi a de hoje?
Tem sim! Ao anoitecer, ir jantar na casa da querida mãe da gente, ser acolhida, comer pastel fritinho na hora, conversar, tomar sopa de lentilha e ganhar de volta uma mantinha de tricô, feita por ela, quando a gente ainda nem sonhava que estaria longe de casa.
Te amo, mãe. Obrigada por tudo.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Má educação

Hoje recebi um e-mail com um texto bastante contundente sobre as conseqüências da permissividade dos pais na educação dos filhos.
O autor (que no e-mail que recebi não estava identificado), dizia que os pais de antigamente, ao saber que o filho fora advertido ou suspenso pela professora, aplicavam-lhe logo o merecido castigo e iam até a escola para saber o motivo da repreensão.
Os pais de hoje, reagem diferente: pegam logo o filho pela mão e vão até o colégio tomar satisfação com a doida da professora que teve a audácia de castigar seus educados pimpolhos.
Não tenho filhos, portanto, não faço idéia de como seja equilibrar essas questões delicadas no dia-a-dia, em meio a inúmeros outros problemas, enquanto se forma uma criança.
Mas tenho certeza que rigidez e bom senso são fundamentais na formação de um caráter decente, na criação de um adulto que será ético, honesto e humano. Tenho certeza que uma criança que conhece limites (os seus e os dos outros) tem muito mais chances de se transformar em alguém bom.
...
O texto, é claro, fazia alusão ao caso Isabella. Ainda que o pai e a madrasta estejam, neste momento, somente indiciados. E o único a falar com a Imprensa seja o avô paterno da menina.
Você, se fosse o pai de Alexandre Nardoni, defenderia o filho em público como ele fez, ou se manteria calado, aguardando pacientemente (se é que isso é possível em um caso como esse) o decorrer dos acontecimentos? Difícil...
...
Independente da sua resposta (e até dessa pergunta), é certo também que crianças bem educadas têm bem menos chances de se transformar em adultos que pré-julgam e logo de cara condenam dois suspeitos. Independente da sua resposta, é óbvio que crianças acostumadas a conviver com senso de limite e de ridiculo, pensariam duas vezes antes de ir pra frente de um prédio com um bolo de aniversário para "comemorar" o aniversário da menina falecida e "reinvindicar" justiça, com o único objetivo de aparecer na tevê, fazer alarde... chamando a atenção somente para a pobreza de sua motivação. Independente da sua resposta, estou certa de que crianças formadas em um ambiente saudável dificilmente se tornam autoridades policiais querendo ganhar notoriedade ás custas de uma tragédia massificada; gostaria muito de acreditar que pais empenhados e corretos não formariam jornalistas sensacionalistas, que vendem sua reputação e sua ética por uma exclusiva do caso, qualquer que seja. Até provas falsas e conclusões precipitadas valeram para manter a história da menina vitimada em evidência, que acabou virando objeto de cobiça em busca de audiência, maiores tiragens! Quanto mais comoção, melhor!
A repercussão absurda desse caso, expôs ao Brasil a pobreza de espírito, a deformidade de caráter e o oportunismo de muita gente. A podridão extrapolou os limites do caso, do crime e dos possíveis culpados.
A morte de Isabella transformou-se em uma amarga imagem no espelho para a nossa sociedade.

Cabeça de mulher

"Pensei, pensei e fiquei confusa".

Vi uma matéria na SporTV2 sobre a Fórmula GT3 e ouço, aturdida, que os carros usados na competição custam, em média, 300 mil euros.
E penso: quem, em sã consciência, investe essa fábula em um esporte de alto risco?
Depois, penso: como pode, neste mundo de meu Deus, haver um carro que custe essa fortuna?
Você sabia que o diretor Walter Salles, o responsável por aquele que (pra mim) é um dos filmes mais bem feitos e sensíveis do cinema nacional, compete como piloto nessa categoria?
Você imagina o Piquet dirigindo um filme delicado e poético sobre o povo brasileiro?
Concluo que... "Afe... deixa isso pra lá!"