terça-feira, 29 de abril de 2008

Cê Quê Cê

O meu horário de trabalho quase nunca permite que eu veja o CQC, mas quando vejo, me divirto à beça. Adoro o frescor que eles trazem ao humor na tevê aberta, unindo a famosa "cara-de-pau" (uma coisa meio "jornalismo gonzo moderno") a questões políticas, à defesa da cidadania e, como não poderia deixar de ser, em alguns momentos, a uma boa dose de graça sem maiores pretensões. Afinal, rir sem pensar também é muito bom e necessário.
O mais legal, pra mim, é ver o Tas (do alto da genialidade de seus longos e marcantes anos de carreira) apadrinhando essa "molecada" criativa e rápida de raciocínio.
A tão propalada graça do Pânico (confesso, fui fã e telespectadora assídua por muito tempo), já devidamente demovida do posto de "maior novidade da televisão nos últimos tempos" pelo CQC, perdeu pelo excesso de bundas e pelo exagero no tom em muitas baixarias em nome de audiência. Meu preferido continua sendo o Ceará, talvez o único humorista de verdade do grupo, um cara que consegue manter o bom senso nas matérias mais malucas, absurdas e divertidas.
De qualquer forma, vamos que vamos de CQC, até a próxima novidade. Eita mundo bom esse rápido da tevê, depois da popularização cada vez mais agressiva da Internet.

Meu amigo Mica

Quem visita esse simples blog vez por outra, deve ter reparado que ele ganhou uma cara nova, cheirando a café. Ao abrir o Café no Central Perk, meus amigos agora são brindados com uma dose extra de simpatia visual. O autor da "plástica" (corretiva e natural, como todas deveriam ser), foi o meu amigo Micael Silva, companheiro de aventuras no NET Cidade.
Mica é um dos caras mais antenados que eu conheço e, de quebra, generoso com os amigos analfabetos em tecnologia (... assim... "tipo eu").
Se você gostou, visite o blog do Mica e desvende as neuras e as sacadas ácidas e geniais desse cara mais que bacana.
Valeu, Mica.

http://desvendeessasneuras.blogspot.com/

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A um grande companheiro

Ah, a coragem. São muitos os que acreditam tê-la, mas poucos os que realmente possuem esse dom especial de fazer o motor da vida girar para o rumo que se deseja, assumindo riscos (calculados ou não), saltando no escuro, naquele momento, às vezes meio impreciso, em que o coração diz: "É por aqui!".

"Saudações, a quem tem coragem... aos que tão aqui, para qualquer viagem... não fique esperando a vida passar tão rápido... a felicidade é um estado imaginário!"

Essa clássica do Barão é para o meu amigo e grande companheiro Carlão. Sorte na nova viagem pela longa estrada, Bino. Que não lhe faltem sol e grandes aventuras.
Que as chegadas sejam sempre ao destino certo.
E... Obrigada por tudo. De todo o coração.

Audiência x Audiência

Relutei muito até escrever esse post sobre a entrevista de Alexandre Nardoni e Anna Jatobá no Fantástico. Já participei de uma palestra de Valmir Salaro, um dos melhores e maiores repórteres policiais do País e, confesso, mais do que a falta de respostas concretas por parte do casal (que só fez repetir à exaustão a ladainha do "somos uma família onde há amor e respeito"), não consegui mesmo foi digerir a ausência das perguntas fundamentais para a elucidação do caso.
Não que a Imprensa tenha o dever de resolver o crime, mas o papel de perguntar o que a audiência quer saber é nosso, é da classe jornalística envolvida na cobertura. Aprendi isso na faculdade e na minha vivência de 8 anos como jornalista: na dúvida sobre qual o questionamento mais pertinente a se fazer, lembre-se de sua curiosidade na condição de "telespectador".
Eis aí a discussão que quero propor: a TV Globo preocupou-se mais com a audiência, no sentido do volume de televisores ligados durante a entrevista, ou com a audiência, no sentido do que desejavam saber aqueles que se propuseram a assistir 17 minutos de Fantástico, com direito ainda a um break no meio? Quais as concessões válidas de serem feitas (se é que foram feitas, neste caso) para se conseguir um "furo" jornalístico, uma "exclusiva"? Qual a validade de perguntas vagas obtendo respostas vagas quando o casal acaba de sair indiciado de seus depoimentos? Para você, qual é a definição de "audiência" que deve ser adotada pela Imprensa em um caso que vem mexendo tanto com a opinião pública e, cuja exposição prematura dos fatos vêm promovendo essa gigantesca comoção nacional? Trata-se de uma séria questão ética. Fica aqui apenas um questionamento.

domingo, 20 de abril de 2008

Memória afetiva


Em uma das últimas viagens a trabalho, me surpreendi com uma das opções de gastronomia do Serrano Resort, em Gramado. Da decoração aos sabores, me apaixonei pela Forneira Di Como, um restaurante intimista, uma cantina italiana-gaúcha, deliciosa pra ver e pra comer, que nos fisga em quase tudo, pela memória afetiva. Fotografei o ambiente inteiro, praticamente fiz um book da forneria: a maioria dos detalhes pode ser adaptada pra casa da gente, a um custo baixíssimo. Confira nas imagens, os móveis de família restaurados, o banheiro excepcionalmente simples e lindo, as cadeiras coloridas, os tampos de mesa de madeira crua, as fotos antigas dispostas como nas salas de fazenda do passado. Pena que não possa partilhar com vocês o maravilhoso risoto de cordeiro, acompanhado de vinho gaúcho e finalizado por um tiramisú dos melhores que já provei. Definitivamente, bom paladar, beleza e delicadeza fazem um bem danado à alma. Por isso, viajar é tão bom.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Paz na Terra aos homens de boa vontade

Choque. Nossa vida é mesmo devassada a cada minuto. George Orwell cantou a bola há muito tempo e enquanto nos divertimos com as banalidades dos BBBs da vida, somos surpreendidos por imagens como a de Isabela, seu pai, sua madrasta e seus irmãos em prosaicas compras no supermercado, momentos antes de um dos crimes brasileiros mais hediondos dos últimos tempos. Não dá pra ter a mínima noção do que essa vigilância diária e constante é capaz de produzir... se o pai da menina estivesse comprando algum item que favorecesse as condições para o crime, isso seria prova? Se houvesse nessa gravação qualquer indício de maus tratos, como a Justiça conduziria o caso diante das imagens? Questionamentos... só isso. E uma sensação aguda de incômodo por essa "conta que não bate", esse caso absurdo que não "fecha".

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/04/08/ult23u1772.jhtm

Além do choque pela atrocidade e frieza com que Isabela foi, literalmente, executada, só nos resta rezar, pedindo que a todos os envolvidos na investigação não falte entendimento, discernimento e a busca pela verdade, acima de qualquer pré-julgamento, emoção e revolta. Paz na Terra aos homens de boa vontade. Não foi assim que aprendemos? Que a boa vontade não falte na resolução desse caso. E que nossa justiça seja exemplar, como sempre é quando se deseja, não só por pressão da Imprensa e da opinião pública.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Mãos do Mundo

Na visita-relâmpago a Canela, visitei uma das mais deliciosas lojas de artesanato que já conheci na vida. É a Mãos do Mundo, especializada em arte do Brasil, Nepal, Tailândia, Indonésia e Índia. Além de ser delicadamente aromatizada, a loja encanta a cada passo, a cada descoberta por entre as prateleiras e estantes. Os preços são um detalhe à parte, superconvidativos. Recomendo a quem visita a serra gaúcha e, como eu, não resiste ao charme e aos significados de um belo artesanato étnico.

Báh...


Linda, linda Gramado. Povo caloroso e receptivo, esse do Sul.
Fortes sabores, belas paisagens, grandes sorrisos.
Uma gente que sente prazer no trabalho e se diverte e ri e é feliz em meio a prazos, atritos, cobranças. Aliás, quanto mais desafios, maior era o prazer de enfrentá-los, né, gauchada?
Amizades fortalecidas, abraços selando o sucesso que veio de dias e noites de dedicação, ainda que a bela Gramado estivesse ali, do lado de fora do evento, esperando com seus chocolates, suas araucárias, seus quintais com poço de balde e plantações de abóbora, suas irresistíveis lojas de artesanato, sua arquitetura européia, seus atrativos restaurantes rescendendo a vinho e carne ao ponto, seu ar puro e sua gente "tri-faceira". É claro que voltei mais pesada: uns centímetros a mais na cintura, a bagagem cheia de lembranças dos queridos que ficaram e o coração repleto de satisfação e bem-querer.