segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Plin Plin

Acordo, ligo a tevê e a Sandra Annenberg me avisa, entre uma careta e outra, que já é 2008 na Nova Zelândia.
Ana Maria Braga, histérica e meio desorientada em seu especial de Ano Novo com platéia, entrega um tal de troféu "Acorda Menina" para célebres anônimos e encerra suas atividades profissionais no ano mostrando o "tanquinho" de Zezé Di Camargo.

Em seguida, começa o programa da Xuxa. Aquele mesmo, o que vai acabar.

Que 2008 seja melhor para as manhãs da Globo.

Bom dia!

Vida real


É bem provável que você jamais me encontre na seção de ficção científica da locadora. Também não aceitaria se me convidasse pra ir ao cinema ver uma fita de elfos, magos, monstros ou qualquer coisa que mais me faça rir do que filosofar ou ter medo. Adoro filmes sobre a vida real, pessoas comuns, histórias que poderiam acontecer com qualquer um de nós, enfim. Por isso, há tempos vi na TV o making off do filme Bobby, dirigido e escrito por Emilio Estevez (surpresa!) e fiquei com muita vontade de ver o filme. Ontem assisti e confesso que adorei. Pela constelação que é o elenco, pelo roteiro bem amarrado, pelas tramas humanas (fictícias e reais) que se cruzaram no Ambassador Hotel no dia do assassinato de Bobby Kennedy. Direção impecável, figurinos perfeitos, música-tema interpretada por Aretha Franklin, enfim... De quebra uma reflexão sobre a violência enraizada na sociedade americana e o que podemos fazer da vida através de nossas escolhas. Um filme delicado, cheio de sutilezas, muito bem feito. Vale também ver os extras, onde o surpreendente Emilio conta a interessante história do processo de criar o filme. Assista!

Em tempo: Escrevendo esse post me dei conta que prefiro a realidade não só no cinema. Pra ler, acabo sempre escolhendo biografias. Estou com 3 delas em andamento: Maysa, Tim Maia: vale tudo e Furacão Elis (todos deliciosos presentes de Natal). Estou amando os três, embora eu ache que deva ler um de cada vez pra não misturar demais as histórias. Tão parecidas essas vidas de talentos monstruosos, de excessos em todos os sentidos. Tão desafiadoras essas três pessoas que estão passando férias comigo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Registro de férias


Porque estou certa de que não há nada melhor nessa vida do que encontrar momentos de harmonia com essas criaturas puras, inquietas e singularmente felizes.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O FIM DO ASSALTO LEGALIZADO?


Recebi esse texto através de um e-mail da querida Mirela e divulgo via blog.
Advogados de plantão, a ação dessa moça genial se fundamenta na lei?
Seria um sonho acabar com os assaltos a que somos submetidos ao pegar estrada.

O DIREITO DE IR E VIR BARRADO PELOS PEDÁGIOS
Entre os diversos trabalhos apresentados, um deles causou polêmica entre os participantes. "A Inconstitucionalidade dos Pedágios", desenvolvido pela aluna do 9º semestre de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Márcia dos Santos Silva chocou, impressionou e orientou os presentes. A jovem de 22 anos apresentou o "Direito fundamental de ir e vir" nas estradas do Brasil. Ela, que mora em Pelotas, conta que, para vir a Rio Grande apresentar seu trabalho no congresso, não pagou pedágio e, na volta, faria o mesmo. Causando surpresa nos participantes, ela fundamentou seus atos durante a apresentação. Márcia explica que na Constituição Federal de 1988, Título II, dos "Direitos e Garantias Fundamentais", o artigo 5 diz o seguinte: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade" E no inciso XV do artigo: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens". A jovem acrescenta que "o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional. O que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição". Segundo Márcia, as estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realiza contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas. "No momento que abasteço meu carro, estou pagando o pedágio. Não é necessário eu pagar novamente. Só quero exercer meu direito, a estrada é um bem público e não é justo eu pagar por um bem que já é meu também", enfatiza. A estudante explicou maneiras e mostrou um vídeo que ensinava a passar nos pedágio sem precisar pagar. "Ou você pode passar atrás de algum carro que tenha parado. Ou ainda passa direto. A cancela, que barra os carros é de plástico, não quebra, e quando o carro passa por ali ela abre. Não tem perigo algum e não arranha o carro", conta ela, que diz fazer isso sempre que viaja. Após a apresentação, questionamentos não faltaram. Quem assistia ficava curioso em saber se o ato não estaria infringindo alguma lei, se poderia gerar multa, ou ainda se quem fizesse isso não estaria destruindo o patrimônio alheio. As respostas foram claras. Segundo Márcia, juridicamente não há lei que permita a utilização de pedágios em estradas brasileiras. Quanto a ser um patrimônio alheio, o fato, explica ela, é que o pedágio e a cancela estão no meio do caminho onde os carros precisam passar e, até então, ela nunca viu cancelas ou pedágios ficarem danificados. Márcia também conta que uma vez foi parada pela Polícia Rodoviária, e um guarda disse que iria acompanhá-la para pagar o pedágio. "Eu perguntei ao policial se ele prestava algum serviço para a concessionária ou ao Estado. Afinal, um policial rodoviário trabalha para o Estado ou para o governo Federal e deve cuidar da segurança nas estradas. Já a empresa de pedágios, é privada, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra", Acrescenta. Ela defende ainda que os preços são iguais para pessoas de baixa renda, que possuem carros menores, e para quem tem um poder aquisitivo maior e automóveis melhores, alegando que muita gente não possui condiçõespara gastar tanto com pedágios. Ela garante também que o Estado está negando um direito da sociedade. "Não há o que defender ou explicar. A constituição é clara quando diz que todos nós temos o direito de ir e vir em todas as estradas do território nacional", conclui.A estudante apresenta o trabalho de conclusão de curso em novembro de 2007 e forma-se em agosto de 2008. Ela não sabe ainda que área do Direito pretende seguir, mas garante que vai continuar trabalhando e defendendo a causa dos pedágios.
FONTE: JORNAL AGORA

P.S. Por quase 2 anos, paguei pedágio diariamente para atravessar a cidade de Nova Odessa (!), naquela que talvez seja uma das piores e menores estradinhas nas quais já dirigi na vida.
Este pedágio está desativado há um bom tempo, mas até hoje, quando olho aquelas cancelas inúteis e as guaritas vazias, me sinto ultrajada.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A equilibrista


Cedo pra fazer um balanço-clichê de reveillon? Talvez... Mas preciso dizer que nunca um ano foi tão desafiador quanto 2007. E olha que já vivi períodos de grandes batalhas! Todas elas comigo mesma, pois os caminhos árduos, os atalhos e as armas para chegar a qualquer lugar estão sempre dentro da gente.

Nestes quase 365 dias intensamente vividos, não foram poucos os momentos "Cirque Du Soleil" que vivi. Uma verdadeira equilibrista de pratos, tentei (e nem sempre consegui, como humana que sou) agradar a gregos e troianos, atender a todas as expectativas (inclusive as minhas próprias, sempre tão aparentemente inatingíveis) e tirar um resultado positivo do esforço diário e muitas vezes sobre-humano (meu e de todos, que faço questão de reconhecer e agradecer).

Nunca em minha vida as adversidades foram tão potencialmente transformadas em combustível para fazer o velho motor 75 rodar em velocidade máxima.

Nunca foi tão recompensador tentar agregar tudo e todos pelo bem comum. Nunca foi tão forte o desejo de ver a vida dar certo, aceitando o que era impossível mudar e batalhando pela adaptação ao novo.

Quero somente agradecer pela vida, pelas pessoas maravilhosas com as quais convivo, por aquelas que nem sempre bem intencionadas aparecem para que a gente duvide de tudo, o que é importante, porque 2007 foi um ano feito de desafios, de gente, da humanidade e seus limites.

Espero que todos os que me vêem à memória neste momento, sintam-se também vitoriosos e com a sensação do dever cumprido. Porque apesar de um prato ou outro lascado, enxergamos um 2008 de horizonte largo e... novamente, desafiador.

Bom ano novo. Como diria Drummond... aquele que mora dentro de você.


P.S. Lispector, a "clarice" de minhas idéias dizia: "A salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena."