segunda-feira, 19 de março de 2007

Não tem preço!



Cachorros são uma das paixões da minha vida. Quando criança, teve a Sofia Rogéria (nome que escolhi com 3 anos) para uma cadela linda, quase uma weimaraner de pelo curto, macio e enormes olhos verdes. Depois teve o Bacuri, um projeto de setter, lindo, lindo, mas bravo, bravo que herdei do meu querido Tio Minho. Antes dele, ainda o Chink, da Tia Ia, um pequinês que desapareceu de casa sem deixar vestígios. Uma pequena vira-lata, muitos anos depois, veio somar à nossa família: Croty (nome originado da incapacidade de minha avó de falar corretamente o nome de uma conhecia sua, uma tal de Clotilde). A Croty era carinhosa ao extremo, uma mistura graciosa de basset com vira, doce, doce, que morreu aos 11 anos de uma doença desconhecida. Ping (não fui eu quem escolhi nome, que fique claro), um fêmea de pastor alemão paraguaia, tão estranha quanto esperta, carinhosíssima e cheia de energia, veio há 5 anos atrás. Não fui quem a escolhi: ela me olhou de dentro da gaiola da Sociedade Protetora dos Animais de Sumaré, como que dizendo: "Serei seu cão de estimação pelo resto de minha vidinha, basta me tirar daqui". Tem 5 anos e ficou em casa de mamãe (é o xodó da minha velha) e vibra feliz, late alto e esganiçado toda vez que me vê (por isso, é também o terror da vizinhança). E agora tem a Freak, uma teckel charmosa, calma, inteligente e extremamente meiga, que veio alegrar a minha vida de casada, ao lado do Marcelo. Ela já tem 4 anos (aproximadamente, segundo a veterinária). Foi abandonada na rua ainda prenha, teve os filhotes sem qualquer ajuda e os comeu, num instinto fortíssimo de proteção e sobrevivência. Foi parar no abrigo pelas mãos de algum anjo, era arredia, estava toda machucada, com doença de pele, doença do carrapato, anemia profunda. Mas veio direto pro meu colo assim que cheguei para buscá-la. Hoje, curada de todos os males, uns 4 quilos mais gorda, feliz e amada, defende a casa e seus donos malucos de tudo e de todos.


Se você tiver disponibilidade (não de tempo e nem de dinheiro, mas de amor), adote um amigo fiel, animado e companheiro. A recompensa, EU GARANTO, não tem preço.

domingo, 18 de março de 2007

Máquina pole position


Me desculpem os aficcionados, mas sou saudosista da Fórmula 1 dos tempos de Piquet, Senna e Prost. Naquele tempo, o homem valia mais do que o carro, ou seja, o piloto comandava o show da velocidade, assumindo riscos, encarando com perícia e coragem os desafios da pista. Sabadão e estamos aqui, no doce aconchego do lar, assistindo ao GP da Austrália. Percebo que nesta temporada só há pilotos medianos na F1 (Haikkonen foi pole e, pasmen, Rubinho ainda está lá). Eu não sei torcer pelo motor da McLaren. Eu sabia mesmo era vibrar com ultrapassagens incríveis e audaciosas, com pilotos que preferiam correr na chuva e com os últimos colocados, das piores escuderias, vencendo GPs. Hoje, a F1, pra mim, deixou de ser esporte para se tornar um show de tecnologia e uma tentativa desesperada dos fabricantes de vender mais carros de sua marca.


P.S. Schumacher era mais máquina do que a máquina? Ainda bem que o alemão se aposentou.
P.S. "Felipe Massa vai com calma, tá certo, tá certo..." Galvão, até o alemão já foi.

sábado, 17 de março de 2007

Como é o "seu" Deus?


Até quando, minha gente, o mundo vai assistir exemplos de preconceito tão descabidos quanto este?


P.S. Não dou a mínima para o Elton John, mas não posso crer que proibir a apresentação de um artista seja a maneira encontrada pela Igreja de fazer um povo se "livrar" de um "castigo divino". Sou católica e adoraria ir a esse show só pra ver o Earth, Wind & Fire.

A dúvida que não se cala

Porque a trintona Analy, do BBB7, fala feito criança e se veste feito adolescente? Afe, minha gente, tem dó de quem já viveu seus próprios 30 e tem de ver e ouvir essa pseudo DJ falando na TV.

Em tempo: Sou adulta, mas não me levo assim tão a sério. O que não significa que precise idiotizar minha figura. E tenho dito.

Ainda em tempo: Aceito todos os argumentos contra o BBB. Mas me vicio em todas as edições, até nessa que é pior: cheia de mulheres vulgares e homens machistas. ALGUM PROBLEMA?

Que diabos sabemos nós?


Detesto livros e filmes obrigatórios (arte é para quem se sensibiliza, tem acesso ou se interessa), mas para os que ainda não viram o documenatário "What the bleep do we Know?" (ou em português chulo: "Que diabos nós sabemos?"), fica aqui a indicação. Questões da filosofia e da física quântica são abordadas de maneira muito pouco óbvia e totalmente instigante. Não se preocupe se o filme lhe "cansar". Você pode parar para digerir o conteúdo delicioso que lhe é apresentado que a vontade de continuar assistindo não vai lhe deixar em paz. Críticos alegam que se trata de pseudo-ciência. Leigos vêem e se deliciam com tanto conhecimento trazido à luz por meio do estranho roteiro que alinhava entrevistas com cientistas e a estória fictícia de uma fotógrafa surda e sua percepção de mundo. Eu ainda não acabei de ver, mas tô louca para terminar e convido todo mundo a vir comigo nessa.

Feeling Lost

Tá bom: o Jack é lindo e politicamente correto. Tá bom: o Sawyer é lindo e um vilão irresistível. Tá bom: Rodrigo Santoro é lindo e brasileiro. Mas porque será que só eu me sinto LOST quando assisto LOST? A idéia da série é essa mesmo? Se não for, esta é a prova maior de que talvez eu seja mesmo alienígena (ou, o que é mais provável, tenha os dois pés - e a cabeça - bem fincados nesse tal de planeta Terra).

quarta-feira, 14 de março de 2007

Entre Ilariês e Lígias


Diferentemente da maioria de meninas da minha geração, eu não queria ser Paquita, não. Além de não ser loira (apesar do seu Francisco insistir no contrário... rs) e ter um certo desajeitamento para dançar, a febre Xuxa nunca me convenceu. Eu ficava triste quando aquelas 2 xuquinhas misteriosamente sustentadas no vácuo ofereciam um café da manhã suntuoso e colorido, totalmente à la Projac, a crianças que iam pra escola pra comer merenda porque em casa as panelas andavam vazias. Imaginava um garoto de rua lá, vendo aquela cena nababesca e comparando com a sua dura e faminta realidade numa vitrine qualquer das Casas Bahia... e isso me chateava muito.
Bom, na verdade, começo com a Xuxa para acabar no Tom Jobim (o bom de blogar é o descompromisso, até mesmo com qualquer senso de lógica) . Dia desses a Globo (a mesma Globo da lourona-rainha-do-café-da-manhã) exibiu um especial muito bacana em homenagem ao aniversário do grande Tom Jobim. E eu, me deliciando com as minhas canções favoritas, me deparei com Elis, Chico, Sinatra, Vinícius e aquelas cenas tão comuns na TV nos anos 80: Jobim versão piano e voz, acompanhado daquelas moças elegantes e intensas, cantando com toda suavidade e beleza: suas crooners. Pronto, lembrei que era isso que eu sonhava ser quando criança: crooner do Tom Jobim. Ser Paquita da Xuxa, sinceramente e tentando evitar qualquer traço esnobe que essa declaração possa ter, nunca me passou pela cabeça.
P. S. O fato de eu ser uma cantora ruim, a essa altura do campeonato (com o jornalismo me tomando todas as artérias) não faz a menor diferença.