terça-feira, 23 de dezembro de 2008

What a glorious feeling...

Novas paredes. As de sempre, foram devidamente limpas. Mais brancas. Três delas ganharam nova cor, estão mais vivas e me lembram que era de energia nova e alegre que essa casa precisava. Na sala, o laranja Barcelona (quer nome mais irresistível pra alguém suscetível a cinema como eu?). No quarto, verde-primavera.
As roupas acumuladas há meses foram passadas. Não que em 2009 elas não voltem a virar uma pilha, mas é bom ter tido um tempo pra pendurá-las como se deve, lisinhas, prontas para vestir. Ordem me faz bem. Ainda que de todos os trabalhos domésticos, o que me incomoda mais que tudo é o que exige ferro quente, tábua e paciência com pregas e rugas sem fim.
A cozinha sorri pra mim, agora. Uma cristaleira antiga (linda, linda, adquirida em pechincha) acomoda as louças novas e as que contam inúmeras histórias afetivas. As cadeirinhas amarelas de pé palito, abandonadas em uma loja de móveis usados e devidamente detectadas por meu olho clínico, estão comportadinhas, lindas, acomodadas em volta da mesa. Geladeira nova e sob medida pra água, o alface e o iogurte sagrados de cada dia. Uma mini-horta de pequenas vasos faz rescender o cheiro de hortelã e manjericão. E finalizando, quadrinhos belos, pequenas estantes que acomodam meus temperinhos-xodó, a galinha porta-ovos de arame que sempre quis ter e um relógio que leva a estampa de Amélie Poulain, ícone máximo, cuja doçura busco insistentemente trazer pro dia-a-dia.



Uma nova cama era mais do que necessária, né, lombar judiada? Ei-la embalando sonos diurnos pós-almoço, que começam com leitura e janelas abertas, depois de um longo banho tomado. De quebra, descobertos felizes em uma oficina de reciclagem de móveis, vieram criados mudos, baú e aparador branquinhos, branquinhos... com puxadores de gaveta com motivo de rosa, enfeitados por almofadas bordadas e em tons de paz. Dois delicados espelhos enfeitando a cabeceira e um quadro pintado pela artesã da família, estrategicamente pendurado em composição com a tevê que herdei de mamãe.
A sala ainda precisa de cortinas e tapetes novos, além de aguardar o bendito sofá da Etna, que ao que tudo indica (valha-me Santa do design doméstico!), só em 2009 vem compor com as poltronas e o pufe brancos, as almofadas vermelhas, os porta-retratos de parede que abrigam as fotos que tanto me dizem e o pôster emoldurado de Cantando na Chuva, o clássico dos clássicos pra uma amante de musicais como eu.



Uma parede foi privilegiada: ganhou mosaico de espelhos e quadrinhos em forma de mini-poltronas Luis XV emoldurando uma foto antiqüíssima (e belíssima) de família.
Precisava destes dias. De renovação, de mudança, de quietude, de silêncio com o mundo, mas de muito diálogo com o meu espaço. Para plagiar a moda, foram dias “sabáticos”. Com o note e o celular desligados, ouvindo (isso mesmo, só ouvindo) os DVDs de Amy Winehouse e Funk Como Le Gusta, enquanto fazia o que precisava ser feito, que não coincidentemente, era o que eu mais queria fazer. Amy pra lembrar que é preciso mudar e que um pouco de tristeza (no caso dela, muita, mas extremos são bons pra inspirar) é parte do impulso para a mudança e FCLG para dar energia, celebrar cada novidade que ia ficando bonita (ao menos aos meus olhos).
Agora tenho uma casinha com história, com cinema, com música, com televisão e novas cores. Era o que eu precisava: um cenário com vida e paixão, com mais de mim. Me perdoem o sumiço dos meios digitais, mas era um tempo meu. Só meu. Preparando o terreno para que no ano novo os encontros sejam mais aqui, em minha casa de verdade, com abraços apertados e conversas e brindes por todos e por nenhum motivo, muito mais do que em qualquer outro lugar cibernético. É assim que eu quero muito que seja.
Em 2009, vamos em busca de equilíbrio, saúde e paz. O foco da mudança, agora, serei eu, minha maneira de encarar a vida e a mim mesma. Claro que comecei pelo mais fácil, né? Rá!
Feliz 2009. Feliz vocês, amigos queridos, reais e virtuais, reais-virtuais. Feliz. Feliz. Feliz. É só repetir o mantra e tentar fazer o que deve ser feito, com amor. Saúde! Aguardo as visitas.

Em tempo: agradeço àqueles sem os quais eu não teria mudado tantas coisas nesse meu espaço: Vô, Tia Ia, Fer, Leo, Mama... vocês são incríveis. Always supporting me. Obrigada, obrigada, obrigada.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Compartilhando os doces da Fal

Fal Azevedo estréia coluna no ig. Eu adoro a Fal. Quem ainda não conhece, há de gostar. Dos drops para uma infinidade de outros doces, bem doces. E nada enjoativos.

Deus

Débora Bloch na TPM: “Joaquim, filho da Nanda [Torres], uma vez falou assim: ‘Mãe, Deus é a gente, né?’. Ela: ‘É, Joaquim’.‘Mas a gente não é Deus, né?’ Não é genial?"

Genial, Débora. Ge-ni-al. As crianças são mesmo incríveis. As filósofas mais lúcidas que existem.

Clique aqui para a entrevista completa.